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sábado, 27 de agosto de 2011

DECLARAÇÃO - poema

DECLARAÇÃO

Quer que eu te fale uma verdade
Do fundo de meu coração?
Sem você só há saudade
Sem você só solidão!

No vazio em que eu me encontro
Minha história é mais um conto
De encontro com o nada
Num caminho que acaba

Mais há fim toda tristeza
Quando encontro com você
A felicidade é a riqueza
Do amor ao bem querer

Vou falar aquela verdade
Ao teu nome sempre chamo
Tu és minha realidade
Tu não sabes? Eu te amo!

Artur Cortez

A FESTA DO TAMBOR - Lôa de maracatu

A FESTA DO TAMBOR


É festa da lua nesse lugar
É pisada na batida do tambor
É a côrte do rei nagô
Passando pra festejar


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é festa do tambor
Com os filhos de Iemanjá!


Ouviu a batucada! É congada
Bateu pro índio tupi guerrear
Atabaques em alvorada
É o sol que veio festejar


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é...


Na senzala é dia de dançar
Percussão quem faz é Ogum
A alegria da toada de Oxalá
Ao sentir o perfume de Oxum


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é...


A mensagem vem pelo som
Noticias do terreiro a soar
A pisada vai entoar o tom
Do tambor que ecoa no ar


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é...


Os caboclos já estão no terreiro
Desceram do alto da serra
O tambor macumba feiticeiro
Raizeiro de erva da terra


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é...


Bate, bate macumbeiro
O tambor nesse terreiro
Bate, bate e faz dançar
A côrte de Iemanjá


Ôôôô maracatu vai passar!
Êêêê é...


Artur Cortez

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

LIBERDADE - poema em quadra

LIBERDADE

Ser livre é uma ambição do homem
Mais do que a própria felicidade
O pensamento livre consome
Quando os grilhões privam a liberdade

Artur Cortez

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

VENTOS DE SAUDADES - poema em sextilhas

VENTOS DE SAUDADES

Oh vento, que balança coqueiros!
É capaz de trazer você pra mim
Leve vento, forte e fagueiro
Ao mundo dar voltas faceiro
Aos meus braços derriba você
Nas asas de um querubim

Ao céu que impôs tal distancia
Do meu coração com o teu
Traz nesses ventos lembranças
Do rastro de tuas andanças
Não mata minha esperança
De acaba a distancia de você e eu

Artur Cortez

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

À POETISA CONCEIÇÃO - poema

À POETISA CONCEIÇÃO

Quem não se lembra de você.
Perfeita nas suas imperfeições
Amante de versos e canções,
Quem não se lembra?

Tua voz enobrece o luar,
Do Di Giorgio parodias no ar.
Dedilhas da perfeita poetisa
Quem não se lembra?

Os versos de melancolias.
As formas da receita do amor,
É tu minha doce normalista.
Quem não se lembra?

E com uma Tapúia no corpo.
Corte celeste de Tupinambá
Mística poetisa de Oxalá
Quem não se lembra?

Os berros ecoavam quarteirões.
Empunhavam meus respeitos.
Sangue latino das paixões.
Quem não lembra?

Da majestosa planície arenosa
Berço do Icó da realeza
Da terra rainha tu és princesa
Quem não se lembra?

O ímpeto racional da paixão,
Moleca de desculpas horrorosas,
Mulher e mãe, apenas Conceição
Quem não se lembra?

Artur Cortez

SER POETA - poema

SER POETA

Poeta é um contraste de tempo
Que sorri no meio de lagrimas
E promove alegria perante a dor,
Traz segredos em seu olhar,
Capaz de promover o amor.
Ser poeta é cantar suas alegrias
E as suas tristezas tão bem,
Poeta está acima do entendimento,
Traz consigo o conhecimento,
De fazer ao bem alheio a quem?
Poeta é uma rima ou trova,
Que viveu em plena outrora
O distinto extremo dos sentimentos.
Poeta que chora em demasia,
Ri das proezas e vãs filosofias,
Que o homem teima em contar.
Ser poeta é algo que nasce com o poeta,
Na forma de conteúdo oculto,
Que nem ele sabe explicar.

Artur Cortez

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DIVINA VITORIA - poema em sextilha

DIVINA VITORIA

Sua ausência se faz presente em minha mente
Seu sofrimento é certeza de grandes vencimentos
Obstáculos da vida é purificação divina
Em Deus a força de uma vitoria dita perdida
Em teu coração a certeza que vale a pena lutar
E o amor é o certo que a vitoria virá

Artur Cortez

domingo, 7 de agosto de 2011

ASSIM SOU EU... - texto/cronica

ASSIM SOU EU...

Sou filho de dona Maria, tenho orgulho imenso de ter vindo dessa raiz de mulheres valentes, sou bairrista meu amor por minha terra por minha raiz é inigualável, já me fiz presente e muito bem a muitas pessoas, também fui ausente e fiz falta a outras tantas pessoas, quando fiz o mal não foi por querer, porém fiz o bem sem escolher a quem, tenho uma fé abalável como qualquer pessoa, mas sou um otimista nato, sou capaz de me recriar do nada, tenho pessoas que talvez me considere inimigo, mas não sou inimigo de ninguém, na hora de uma raiva tento ganhar no grito, mas sou incapaz de agredir ou depois me vingar, sou educado e me considero inteligente, isso não quer dizer que nunca errei, errei muito sim! Todo dia cometo erros, alguns “imperdoáveis” outros nem tanto, sou capaz de mentir propositalmente ou dizer a maior verdade sem me importar com as conseqüências, já fui muito feliz hoje sou feliz em pedaços, perdi pessoas amadas, umas por morte outras por partidas, deixei um rastro de amor e decepção, não agradei a alguns, mas fui importante para outros, afinal ninguém é tão ruim que não faça falta e nem tão bom que não seja esquecido, sou um observador desconfiado, que aprende apenas no olhar, isso caracteriza minha personalidade forte, meu caráter quase reto, tenho compaixão dos que sofrem, lamento pelos que vivem de lamuria, agradeço a Deus todo momento pelo que tenho e em muitas poucas vezes lamentei o que não tive, sou assim, pra oferecer apenas amor e amizade, pois bens..., isso considero detalhes e nos últimos 40 anos estão em falta na minha vida, mas sou um abençoado por Deus, porque a tristeza chega, mas não se instala em mim, as coisas que me faltam é porque não mereci ou não lutei, por isso digo e repito em alto e bom som: VIVO A VIDA COMO A VIDA SE MOSTRA, E ME DELICIO COM UM DIA POR VEZ PRA NÃO MORRER DE ANSIEDADE!!! Esse sou eu sem mascara, mas encarando a vida.

Artur Cortez

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CAMINHO SEM FIM - poema

CAMINHO SEM FIM

Sou metade de uma luz
Sou alma em solidão
Apenas retrato do martírio
Espetado no coração


Sou aurora despertada
Em noites sem luar
Sou a saudade impregnada
Na memória de amar


Meu canto já não é forte
Meu peito tá imoral
O meu braço só acolhe
Sina de quem me fez mal


Sou pérfido de encosta
E lágrimas do silencio
Cômodo que fecha porta
Perdido no sentimento

Sou vida que não passa
E morte sem ter fim
Um bêbado de cachaça
Já não sei nem mais de mim


Artur Cortez

terça-feira, 2 de agosto de 2011

MEU SERTÃO - poema

MEU SERTÃO

Meu olhar se perde na serra
O sol corta o escuro do céu
O galo canta na primavera
E a luz do dia sob meu chapéu

O campo é verde entre flores
Onde macha meu manga larga
Meu sertão é aquarela em cores
Do arco Iris em linda cascata

Na labuta o sertanejo sorri
Entre grãos que calejam as mãos
As fruteiras teimam em servi
De fartura as frutas no chão

Meu olhar busca na lembrança
O sertão que me abençoou
Com campinas de livres andanças
As saudades de meu avô

Fui sertanejo no paraíso imenso
Cortei trilhos no Cedro da infância
Meu sertão de céu propenso
Interior que é minha essência

Artur Cortez

AS FLORES - poema

AS FLORES

Foi com flores que descobri a vida
Alternando os espinhos da partida
Foi com flores que aprendi a amar
Foi assim simples meu apaixonar
Com flores vi cada cor do horizonte
E com flores sentir o perfume
Com flores fui encantado
Definhei por varias pontes
Com as flores de meu jardim.

Artur Cortez

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RECORDAÇÕES - poema

RECORDAÇÕES


Foi assim o raiar de um novo dia
Nebuloso, medroso e ingrato
Mas, o sol de minha alegria
Fez-se presente isso é um fato


Na cabeça uma musica antiga
No olhar a busca incansável
De um amor que venha e diga
Sou a metade da busca interminável


Lá vem o sol sob minha cabeça
Vem picotando a moleira cansada
Mas degusto com muita presteza
O prazer num gole de cachaça


E de lembranças me estiro numa rede
Muitas vezes palco dos prazeres
De saudades dos olhos verdes
De um passado que me traz sêde


Artur Cortez